terça-feira, 29 de setembro de 2015

Três à Terça #04




No Três à Terça desta semana trago-vos panquecas e crepes! Não nos fartamos de panquecas. Comemos ao natural, barradas com compotas, ou com fruta a acompanhar. Gostamos de todas as maneiras e feitios. Gostamos delas fofas, ou mais húmidas, mais doces, menos doces, mais grossas, mais finas. Comemos em casa, na escola, em piqueniques, venham elas, queremos é panquecas! 


Panquecas de cenoura e coco [desde os 9 meses]


É a receita mais recente do blog e a primeira a ter um vídeo explicativo. Muita gente tem feito e tem gabado como são deliciosas, não são excessivamente doces, combinam com quase tudo e são super fofas. Estas panquecas de cenoura e coco são uma ótima desculpa para comer panquecas ao pequeno-almoço, ou ao lanche, ou mesmo num brunch de fim-de-semana.


Panquecas de banana e maçã [desde os 9 meses]


A receita de panquecas que mais vezes repito e até já levaram com variações como morango aos pedaços na massa. São fáceis, rápidas e super deliciosas. As panquecas de banana e maçã até já foram nas lancheiras da escola fazer inveja às educadoras! 


Crepes de aveia [desde os 6 ou 12 meses]


Um êxito logo na primeira dentada. Não são panquecas, mas são crepes, que aqui em casa não são mais que panquecas fininhas. Colocamos um recheio (compota ou frutas em tiras) e comemos em rolinhos! Provavelmente, estes crepes de aveia são a receita mais deliciosa, fácil e rápida de fazer deste blog.

E por aí, quais são as panquecas preferidas aí em casa?

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O nosso meatless dinner #28


Não é exactamente o meatless dinner mais criativo de sempre, no que toca aos ingredientes. Mas é o de certo o meatless dinner mais giro de todos. O post de hoje vai direitinho para os mandolina-aholics que andam por aí.



Há um montão de tempo que ando a namorar uma mandolina, uma específica, a da Börner. Comprei uma provisória no Continente, baratinha, mas aquela... aquela é que eu queria mesmo. Aproveitei a demonstração que estava a decorrer no Gaiashopping (até dia 4 de Outubro), vi tudo o que ela fazia, fiquei ainda mais fascinada. O pai, perante o meu ar "basbaque" a olhar para a mandolina, comprou-me! (sou uma mimada)

Logo, tinha que experimentar o meu novo brinquedo de uma forma única e diferente daquilo que vi na demonstração e daquela que estamos habitaudos. E a primeira coisa que me veio à cabeça foi: esparguete! E esperem lá, transformar legumes em esparguete, não é ideia de agora. Se isto funcionar, esqueço o spiralizer de vez. 

Não tem nada que saber: pegar na peça de picar fininho, colocar o legume na longitudinal e cá vai disto.






Como um post sobre laminar legumes bem fininhos não tem assim tanta piada, resolvi complementar os meus veggienoodles com um molho de tomate mais saudável. Quem se lembra daquele que fiz no forno? Na altura falei que existiam duas formas de fazer o molho de tomate caseiro mais saudável: uma era assando os legumes no forno e triturar no fim, outra era triturar tudo no início e deixar a apurar. Não triturei, mas piquei tudo muito fininho na mandolina (um dedo incluído, auch!)


Molho de tomate [desde os 12 meses]

1 cebola pequena picada finamente
1 dente de alho esmagado
3-4 tomates bem maduros
1 pitada de sal (opcional)
4-6 folhas de manjericão fresco
fio de azeite

Colocar os legumes e temperos numa frigideira/sertã anti-aderente. Convém que seja larga, para que a água do tomate evapore melhor. Quando levantar fervura, deixar cozinhar em lume brando. Assim que os sucos do tomate evaporarem e o molho ficar mais grosso, tirar do calor e temperar com um fio de azeite em cru. 


Quanto aos veggienoodles, coloquei noutra frigideira/sertã pincelada de azeite para suarem e amolecerem.



Misturei um pouco de esparguete integral para complementar e servi com ervilhas e brócolos. 





A L. adorou que eu tivesse transformado curgete e cenoura em massa. Acho que ela seria muito mais feliz se toda a comida pudesse ser convertida em alguma forma de massa. Vou pensar nisso...


P.S. Este post não foi pago nem patrocinado.

sábado, 26 de setembro de 2015

Na lancheira da escola #03


Esta semana incluí mais a L. na preparação das lancheiras. Tanto para pensar no que levar, como na preparação em si. Claro que dei alguma orientação nas escolhas, ou comeria maçã com tostas todos os dias. Assim, combinámos que eu escolheria um elemento do lanche e ela os outros dois. Apenas num dos dias ela escolheu o lanche no integral! Acho que vão perceber qual foi. 


Segunda-feira


Lanchinho muito simples: pão saloio, com queijo para a L., pêssego e iogurte. O pêssego foi sugestão minha, pois já estavam a ficar muito maduros na fruteira. A L. escolheu o iogurte "de colher", o pão, o queijo e a forma em flor. 


Terça-feira


Na terça-feira as únicas exigências que fez foram: que houvesse estrelinhas e tostas de centeio. Pediu um iogurte "de colher", acho que para me despachar (apesar de eu ter feito outras sugestões) e o kiwi foi sugestão minha. Começaram as circulares de "bichezas" na escola, e eu lá pensei que um extra de vitamina C vem mesmo a calhar. 


Quarta-feira


Foi o dia das fabulosas panquecas de cenoura e coco. Elas experimentaram no dia anterior e adoraram! A L. pediu logo para levar para escola no dia seguinte. A laranja foi sugestão minha, porque quanto a mim cenoura, coco e laranja são uma ótima combinação. Sugeri que levasse iogurte líquido natural, ou leite (para variar dos iogurtes sólidos), mas tive novo pedido de iogurte "de colher". 

Quinta-feira


Neste dia a T. não foi à escola, pois teve consulta dos 18 meses na pediatra. Assim sendo dei total liberdade à L. para escolher o lanche. Primeiro pedido: cereais pipoca, também conhecidos por cereais puff e maçã. Depois pediu-me "muito por favor" iogurte de morango. Como acho que fez boas escolhas até agora, cedi no iogurte de morango (há coisas piores, sinceramente). 


Sexta-feira


O último dia da semana já é conhecido pelo dia do mimo para a L. Algo que ainda não referi é que normalmente à sexta, não sou eu que levo as meninas à escola, por isso, os lanches ficam preparados de véspera. Logo opto pelos cereais de pequeno-almoço para a L. para este dia, pois conserva-se bem de um dia para outro (tal como as overnight oats que tenho mandado à T.). Podia mandar overnight oats para a L, mas ela só gosta quando têm morangos ou cerejas (threenagers). Para a T. mandei cereais puff com laranja (só agora percebi que tinha mandado laranja dois dias antes) e o iogurte. 


Não foi uma semana muito criativa em termos de lanches, nem consegui variar muito do iogurte e leite, que foi algo a que me propus na semana passada. Para a semana não haverá post de lanches (oohhh), aliás, vou andar bastante ausente do blog, aviso já. Vou estar fora e as meninas ficarão com os avós, por isso, não vou ser eu a tratar dos lanches delas. Daqui a duas semanas voltamos à normalidade e ao post semanal da lancheira. 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Panquecas de Cenoura e Côco [desde os 9 meses] | Carrot Coconut Pancakes

(Scroll down to english version)



Não imaginam a saga que tem sido arranjar uma receita para o primeiro vídeo do Canal de Youtube Na Cadeira da Papa. Parecia que estava embruxado! Ou as gravações não saíam bem, ou a receita era um valente falhanço. Até que, fiz estas panquecas, e parecia uma cena de filme, com uma luz celeste a descer até ao prato e anjinhos a fazerem "AAAAAWWWWWWW". E assim nasceu o primeiro vídeo Na Cadeira da Papa.

Para estas panquecas, esbarrei nesta receita e pareceu-me ótima! Simplifiquei, tirei tudo o que acho prescindível (o açúcar sobretudo) e fiz a minha versão da forma como sei que mais se gosta cá em casa e por aí. São ótimas!! Super fofas. Incrível como podem ser tão fofas sem ovos! Agora... não são super doces. Têm um sabor agradável, as miúdas adoraram, mas se gostam das panquecas mais para o doce, recomendo ou adoçarem a massa (com açúcar mascavado, geleia de arroz ou milho, geleia de agave, tâmaras), ou depois de cozinhadas comerem com uma boa compota de frutas ou geleia. 




As minhas recomendações: 

- O óleo de côco (ou outra gordura que prefiram usar) tem mesmo de ser derretido, experimentei à temperatura ambiente e ficam grumos na massa.

- A cenoura tem de ser ralada muito fininha, ou mesmo picada como eu fiz, pois a panqueca não fica muito tempo a cozinhar, para que os pedaços maiores de cenoura cozinhem na totalidade. 

Agora, a receita!

Panquecas de Cenoura e Côco [desde os 9 meses]
(para 6 panquecas)

1/2 chávena (65gr) de farinha integral
1/2 chávena (70gr) de farinha sem fermento
1/4 chávena (30gr) de côco ralado
1 1/2 colher de chá de fermento
1 chávena (250ml) de bebida vegetal (a gosto, usei de aveia)
1 colher de sopa de óleo de côco (derretido)
1 cenoura média (ralada finamente)


Sem robot de cozinha

Numa taça juntar os ingredientes secos: as farinhas, o côco e o fermento. Misturar.
Noutra taça misturar a bebida vegetal com o óleo de côco até ficarem bem unidos.
Juntar a mistura líquida à seca e mexer até ficar com uma massa uniforme.
Juntar a cenoura ralada e envolver.
Deixar a massa repousar enquanto aquece uma frigideira em lume médio.
Pincelar a frigideira com óleo de côco (ou outra gordura a gosto), colocar duas colheradas de massa, deixar cozinhar por 2 minutos cada lado.


Com robot de cozinha

(se ralar a cenoura no robot, não precisa limpar o copo)
No copo juntar os ingredientes secos: as farinhas, o côco e o fermento e misturar 20seg/vel3. 
Adicionar a bebida vegetal e o óleo de côco e misturar 30seg/vel5. 
Juntar a cenoura ralada e envolver com a espátula.
Deixar a massa repousar enquanto aquece uma frigideira em lume médio.
Pincelar a frigideira com óleo de côco (ou outra gordura a gosto), colocar duas colheradas de massa, deixar cozinhar por 2 minutos cada lado.






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(English version)



My recommendations: 

- The coconut oil (or any other saturated fat you prefer to use) must be melted. I tried to use it on room temperature but there were lumps in the mixture.

- The carrot should be finely chopped in a food processor since the pancake it's not going to be cook for a long time. Remember that if there's big chunks of carrot it won't be cook properly.

Carrot Coconut Pancakes 
(for 6 pancakes)

1/2 cup (65gr) whole wheat flour
1/2 cup (70gr) plain flour
1/4 cup (30gr) shredded coconut
1 1/2 tsp baking powder
1 cup (250ml) non-dairy milk (or your own choice of favourite milk, I use oat milk)
1 tbsp coconut oil (melted)
1 medium carrot (finely chopped)


Instructions

In a bowl add the dry ingredientes: flours, coconut and baking powder and whisk.
In another bowl add the non-dairy milk and the melted coconut oil and whisk to combine.
Add the wet to the dry and stir until the mixture is uniform.
Add the shredded carrot and stir.
Let the batter rest while heating a pan in medium heat.
Grease the pan with coconut oil (or other saturated fat), shape the pancakes as you like with the help of a spoon and let it cook for about 2 minutes each side.


Instructions with a food processor like Thermomix

(if you chopped the carrot in the robot, you don't need to clean it)
Place the dry ingrediente in the mixing bowl: flours, coconut and baking powder and mix  20sec/speed 3. 
Add the non-dairy milk and the coconut oil and mix 30sec/speed 5. 
Add the shredded carrot and stir with the spatula.
Let the batter rest while heating a pan in medium heat.
Grease the pan with coconut oil (or other saturated fat), shape the pancakes as you like with the help of a spoon and let it cook for about 2 minutes each side.




*thank you Daniela, for the help! 

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Arepas à Na Cadeira da Papa [desde os 12 meses]


Tenho assim um grupo de amigas venezuelanas (são umas 4 ou 5) que volta e meia me falam de comida venezuelana. Então elas falam, e babam, e coiso e eu fico a olhar sem fazer ideia do que raio estão a falar. Vai daí, que eu sou mesmo assim, uma rapariga de não ficar na ignorância, pedi ajuda ao senhor Google e às ditas amigas e toca de experimentar comida sul americana, para enriquecer o meu cardápio internacional. 

As arepas foram aquela coisa que saíram logo bem (e caíram que foi um mimo). Ontem numa de "apetece-me variar", peguei no meu saco de Harina-Pan (não podem ser feitas com mais nenhuma farinha, só esta), pensei num recheio e cá vai disto.

Arepas é assim a coisa mais simples de se fazer e são super versáteis! São uma espécie de panquecas de farinha de milho fritas (eu não frito, mas já vos mostro tudo). Pode-se comer como se fosse pão, com carne, queijo e salada lá dentro, ou com um guisado de feijão (como eu fiz) assim bem "molhengo". A melhor descrição que vos posso dar é que... parecem uma pipoca gigante! Sim, sabem a pipocas salgadas. Quem não gosta?


Arepas [desde os 6 meses]
(para 6 arepas médias)

1 chávena de farinha Harina Pan
1 chávena de água tépida
sal e pimenta q.b. (opcional)

Numa taça colocar a farinha e temperar a gosto. 



Juntar a água e amassar até formar uma bola. 





Formar bolinhas e depois espalmar em discos da espessura da mão (uma mão magrinha, vá). O tamanho é a gosto, costumo fazer do tamanho da minha palma, mas podem fazer mini-arepas ou um pouco maiores.



Numa frigideira com um fio de azeite, colocar as arepas a alourar de ambos os lados.



Colocar num tabuleiro e levar ao forno pré-aquecido por 15 minutos a 180º.


As arepas tradicionais (e agora tenho a comunidade venezuelana toda a bater-me à porta) são fritas! Assim bem fritas, em 3 dedos de óleo. E são deliciosas! Mas cá por casa gostamos desta versão mais "saudável" e é uma boa alternativa. 

Para acompanhar, para além do estufado de feijão preto, com tomate e couve-coração, fiz também uma pasta de abacate para refrescar. 

Pasta de abacate

1 abacate
sumo de meio limão
azeite, sal e pimenta q.b.

Numa taça colocar a polpa do abacate e esmagar.



Temperar e misturar. 




Como as pequenas ainda não têm muito jeito para comer a arepa tipo sandocha, preparei-lhes umas taças com o feijão e as arepas barradas com abacate.



Eu acho que gostaram, apesar de não terem comido tudo (às vezes sinto que elas saíram da guerra do Vietnam quando as vou buscar à escola, tal é a sujidade e exaustão). Ultimamente o jantar é feito quase a dormir, mesmo que cedo! 





Mesmo assim, valeu repetição de arepa com abacate para a L. e um lamber do molho do feijão para a T. 

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Três à Terça #03


Adooooro risottos, de coração. Deve ser do meu nome siciliano, algum impacto as minhas raízes devem ter nesta minha paixão por gastronomia italiana (dêem-me uma boa lasanha e fazem de mim uma pessoa feliz).

Faço com frequência e tirando o pai, cá em casa gosta-se muito! No blog ainda só coloquei três receitas de risotto, mas muitas mais virão. O risotto deve ser o prato mais mimado da gastronomia, precisa de tempo, dedicação e carinho, não podemos descolar do fogão. Por isso deve ser tão bom!


Risotto de cogumelos e ervilhas

O primeiro risotto que publiquei, um dos nossos primeiros jantar sem carne à segunda-feira. Continua a ser um clássico aqui em casa e faço repetidamente, é de certo um dos preferidos!


Risotto com quinoa e abóbora


O primeiro jantar sem carne da T. (sem contar com as sopas de legumes que fez até esta data) foi precisamente um risotto. Este risotto com quinoa e abóbora é super cremoso, mesmo sem levar manteiga! A abóbora assada faz o trabalho. 


Risotto de beterraba e ervilha


Certamente dos risottos mais bonitos que já fiz. A cor carnuda da beterraba, tornam este risotto especial, para além de ser uma autêntica delícia!


E por aí, qual o vosso risotto preferido?