domingo, 8 de março de 2015

Açorda de tamboril [desde os 8 meses]


Deve ser das primeiras comidinhas que a maioria dos pediatras falam: a "açordinha". Muito honestamente, eu não sei fazer açorda "normal", não faço a mínima ideia. Limitei-me a seguir a instrução da nossa pediatra de fazer um caldo com carne ou peixe e legumes, e embeber o pão. Só posteriormente, quando falava nas açordas da L., me perguntavam se eu já fazia refogados para ela, se já dava ovo, se o alho não era muito agressivo. Fiquei na minha ignorância, e assumi que a açorda da L. era uma açorda especial: muito mais rica, nutritiva e saudável. 

No caso da L. foi a primeira comidinha para além do puré de legumes que comeu. Precisamente no dia em que completou 7 meses, dei-lhe esta pequena iguaria (não esta especificamente). Nessa altura ainda não tinha bem noção das quantidades, ficou muito rija e deu um prato muito grande, que a pequena L. apenas comeu metade. No caso da T. comecei pela farinha-de-pau que já dominava (na altura da L. nem por isso), mas no segundo dia lá comeu a dita açorda. 

Ambas, sempre lamberam o prato, e ambas demostraram vontade de mastigar com este prato. Coincidência? Talvez, afinal de contas, são irmãs. Mas achei que era uma transição lógica, e que de alguma forma estimularia a mastigação do bebé, que não sei explicar cientificamente. Por causa da textura, muito provavelmente, bastante diferente do puré de legumes. Em ambas as miúdas, foi uma questão de dias para que passasse a açorda religiosamente passada com a varinha-mágica, até começar a dar com os legumes simplesmente esmagados. 

Comecei com açordas de carne. Achei que eram muitas mudanças para uma altura só: introduzir peixe, pão ou farinha-de-mandioca. Gosto de de transições suaves e com poucos "intervenientes". Assim, apesar da instrução da pediatra ser para introduzir o peixe aos 7 meses, aguardei pelos 8 meses para o fazer. Por isso, a L. e a T. nunca comeram sopa de peixe, bem vistas as coisas.

Mas passemos ao que interessa, a receita da açorda.

Açorda de tamboril [desde os 8 meses]
(para 3-4 doses)



1 curgete
1 chávena de abóbora aos cubos
1 alho
1/2 cebola média
5-6 folhas de couve coração (picadas)
80-90gr de tamboril (ou a quantidade que o profissional de saúde assistente recomendar)

30-40gr de pão de trigo (de preferência sem sal) - mais ou menos meia carcaça
1 colher de chá de azeite virgem-extra

Começar por fazer um caldo, com os legumes e o tamboril. No caso de fazer no robot de cozinha, recomendo cozer o peixe ao vapor na varoma, para que não se desfaça totalmente com as lâminas do robot. Deixar cozer por 20-25 minutos e quando estiver pronto dividir pelas doses.

Colocar uma das doses num tachinho e quando estiver a ferver, juntar o pão aos pedaços.




Deixar o pão ensopar bem o caldo, até a côdea ficar completamente mole. No caso de bebés muito pequeninos, passar com a varinha-mágica até obter uma papa. Para bebés mais crescidos, basta desfazer parcialmente os legumes, ou esmagar com a colher de pau. Tirar do lume, juntar a colher de azeite e servir. 



No início, quando os pratos da L. e da T. eram apenas açorda e farinha-de-pau, eu própria confeccionava pão sem sal, para as açordas. Agora que a T. só come ocasionalmente, uso um pão normal.

Esta parte final vocês já conhecem, e sinto que me repito de post, para post, mas os meus ouvidos começam a sofrer dos gritos frustrantes da T., quando rapo o prato no final. 

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